terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Eu já sabia que não seria fácil é pronto. Sou um estrangeiro. Estava a deriva de minhas próprias identidades. Ainda mas por causa da heroína que minha mãe me dava.
Minha vida oscilava entre o luz iridescente e o som vazio. Me sentia estranho por acordar todo dia as seis da manhã e sair de casa.
Andava cinco quilômentros até as mais próxima tabacaria. O frio era infernal. Mas era um tipo de missão divina que realiza.
Quando chegava na tabacaria parecia que ela nunca mudava, sempre as mesmas pessoas bebendo seus cafes, contemplando o nada.
Comprava seis maços de cigarros e uma garrafa de whisky. Tinha a opção de quardar os trocados que sobravam, mas sempre gastava comprando pelo menos um pão quando voltava para casa. Além de não gostar de whisky no café da manhã, o pão fazia parte da minha fantasia divina.
Eu sabia que iria ter andar de volta os mesmos cinco quilômetros. Qualquer tipo de conforto a essa altura é mais do que válido.
Chegava em casa é já estava lá, a primeira dose preparada.
Em quando comia meu pão e estendia meu braço. Minha mãe fazia o serviço, degustando o seu whisky, ela sempre era certeira. Eu também tenho as veias bem aparentes. As vezes considerava isso um certo dom especial.

Um comentário:

Aayamona disse...

Textos com acentuação sempre são mais interessantes. rs

 

2009 ·2. by TNB